Vizinho, desculpe interromper a sua queca!
Aqui estou eu, com uma insónia provocada pelos meus vizinhos de cima.
Festa de anos e tal, convidaram uma ninhada de gente, à meia noite e meia não se calavam, a música tocava, os miúdos pulavam, gritavam, uma festa que, portanto, eu suportaria ao limite se não fosse dia de semana e tivesse que acordar cedo para ir trabalhar.
Pois bem, chamei a GNR mas eles acharam graça e o forrobodo continuou. Uma hora depois liguei novamente para GNR a dizer que não tinham obedecido. Estupidamente não quis que pagassem uma multa, por isso não os mandei vir cá de novo. A festa continuou até às 2.30h. Passada uma hora, a cama deles começa a ranger e accionei o pior de mim.
Gritei que me esfarrapei e o João dotou-se do cabo da mopa e foi teto acima, pancadas insistentes, ao ritmo do acto e voltei a insistir na gritaria. A ideia era desconcentrar, de tão bêbado que estava, a ideia era não chegar mesmo a bom porto. E olhem que acho que conseguimos.
São 2 anos e meio disto. Eles não querem saber se há vizinhos por baixo ou não, se é dia ou noite, para eles tanto faz. O barulho existe, é para usufruir de todas as formas. E fui engolindo, engolindo, tenho horror a conflitos, das consequências que podem trazer-nos mas hoje, agora, deixem-me saborear este gosto delicioso de uma noite de desassossego em troca de uma queca interrompida.
E a miúda deles está sempre a acordar a chorar.
A-D-O-R-O!!!