Um caso perdido teria sucesso?
Olho para baixo, subo o murete, olho em frente, respiro fundo pela última vez e inclino-me. Sei que não há nenhum colchão lá em baixo, não há ninguém a aparar-me a queda. Só o chão rijo com pedras brancas, prontas a receber uma nódoa vermelha a percorrer os intervalos entre elas. Os gritos, as sirenes, um choro que perdura durante anos, uma angústia que aperta todos os dias no peito. O porquê, a culpa.
Viro costas à varanda.
Sou realmente um caso perdido mas tornar (...)