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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Sobre Madness Issue.

Às vezes venho aqui e olho. Fico a olhar, à espera que as palavras escorram-me pelos dedos. Mas está seco. Está tudo seco como a terra nestes últimos dias. 

 

Até teria tema para escrever mas às vezes já nem me reconheço. Já não apetece vir aqui "refilar" com as coisas da minha vida. Ando cansada. Sem paciência. Qualquer coisinha serve para me pôr a um nível de irritabilidade considerável. Mas depois paro. Respiro fundo. Sinto a respiração. Estou viva. Seja lá em que nível da minha vida eu estou, posso dizer que estou aqui e não sou totalmente infeliz, por isso, respiro. Olho em frente e tudo me parece melhor. Mas não está.

 

Chorar, martirizar-me e questionar-me constantemente sobre o porquê de ter sido eu, o porquê de ter acontecido e responder-me com afirmações positivas, mandando mensagens ao subconsciente para dizer à consciência para a alma ficar bem, é recorrente mas só isso não é suficiente.

 

Durante a minha baixa tive alguns problemas profissionais que vieram mostrar-me aquilo que não quis ver durante anos. Mas foquei-me tanto nisso que não conseguia dormir bem, não conseguia andar bem durante o dia, não descontrai, não descansei e posso mesmo admitir que desvalorizei o que me aconteceu, tudo por causa de um emprego. Eu só pensava em sair dali, em procurar por ofertas e até mesmo em criar o meu próprio emprego. Tudo isto num mês. E claro está, não fiz nada. Voltei ao trabalho. Cansada. Sem paciência. E com uma grande tristeza em mim.

 

Não me permiti entrar em mim, bem lá no fundo, e perceber que a natureza, essa sábia, intercedeu por mim dizendo "Rapariga, o que andas a fazer contigo? É melhor isto ficar por aqui!"

 

E se isto foi antes de Maio, a partir daí não tenho feito outra coisa senão brincar ao tapa buracos. Tapo tudo com areia, para não ver, para me dizer que sou forte e para não vir a cair nalgum buraco.

Mas não ousei ainda a olhar lá para dentro, para ver se há algo escondido, antes de tapar.

 

E se for uma flor. Um tesouro. Uma pessoa. Eu?

 

Madness

 

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