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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Já posso falar do regresso às aulas?

As crianças já devem estar ansiosas para voltar às aulas, os livros novos (ou não), as matérias novas (ou não), canetas novas, lápis novos, mochila nova. Ou então não.

 

Eu gostava de ter coisas novas, dava uma certa motivação para o novo ano. Nunca perdi um ano. Tive sempre livros novos, naquela altura não havia partilha de livros escolares e os livros mudavam de dois em dois anos, nunca podia ficar com os livros da minha prima. E ainda bem! Não havia nada, nem há nada, como o cheiro e o aspecto limpo de livros por estrear.

 

Compreendo a excitação infantil e juvenil nesta altura do ano. Mas agora compreendo muito mais a perspectiva do adulto, do pai e da mãe, do dinheiro que sai da conta assim de repente, e de quanto tempo que aquele dinheiro estava reservado para começar mais uma viagem escolar.

 

E vamos lá ver, falando assim no geral e do que sei, educadores e professores, para quê tanto material escolar assim de repente? As crianças e jovens estão na escola para aprender, não é verdade? Aprender a poupar, a desenrascar, a ser criativo também deve fazer parte dos planos de estudos. Mas eu também sei que hoje em dia a Escola para quem ensina, para quem toma conta, pode ser bastante frustrante.

 

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Eu também vou regressar às aulas. 2º ano. Mestrado. 32 anos. 1/3 do salário em propinas, candidaturas e afins. Felizmente não há livros. Quer dizer, até há e alguns bem carotes, mas com as tecnologias e connects, uma pessoa arranja-se com digitalizações, pdf, whatever. As canetas, lápis, mochilas e dossiê são os mesmos. 

 

Vai ser mais uma ronda de non stop, cansaço, sono, paciência ao extremo, correria, desgaste...Uma vida louca, portanto!

 

Mil vezes vou dizer "Para que é me meti nisto?", "Tanto trabalho para quê?" "Isto serve mesmo para quê? Vou chegar onde com esta trapalhada toda?"

 

Olha, não faço ideia, mas já há uma certa excitação em mim, afinal este vai ser o ano crucial, nada pode ficar por fazer e tenho o tema da tese e o entusiasmo em fazer algo diferente e que realmente me motive nesta profissão tão exigente e de grande responsabilidade.

 

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