Desafio 30 dias minimalista - Dia 5 - Prioridades
Estou atrasada, mas o dia de ontem foi especial e foi muito bom, encheu-me a alma e confortou-me o coração. Mas não deixei de pensar nas prioridades que me comprometi a estabelecer aqui.
No semestre passado tive uma disciplina que envolvia a parte de gestão, empreendorismo, normas, etc. Era dada por dois professores. As aulas da professora eram uma tremenda seca, não só pela matéria mas também pela forma como dava a aula. O professor era um óptimo orador e coach. Fazia-nos muitas perguntas e fazia-me pensar imenso e a duvidar imenso. A missão, visão, objetivos e estratégias de uma empresa também se adequa a nós próprios mas claro há que introduzir prioridades, não podemos fazer tudo, não podemos atender a todos.
Coincidência ou não, durante a manhã, numa reunião, conheci uma senhora que me disse ter 3 licenciaturas, 1 mestrado e 1 doutoramento em Oxford, mas era uma pessoa super simples, com um carácter super humano e um olhar focado e penetrante, uma pessoa que adora o seu trabalho e mesmo com 12 horas ou mais de trabalho diário em cima do corpo e sem folgas e com problemas oncológicos tem um astral super positivo, parece ser uma pessoa super feliz.
Esta mulher passou-me imensa energia positiva e o meu dia foi maravilhoso.
Então pensei nas minhas prioridades.
Sem egocentrismos, Eu sou uma prioridade. Passo todos os dias comigo mesma e no fundo nunca penso em mim, penso que tenho istio e aquilo para fazer, no que deveria fazer, pensar, ou o que não devia ter feito. Penso no passado e no futuro. Tento decifrar o comportamento e personalidade dos outros mas não penso seriamente no que sou, nas minhas capacidades, nas minhas qualidades e defeitos. Não me avalio e estou aqui e vivo como se fosse fosse algo automatico. Por isso preciso de parar, concentrar-me, olhar para dentro, para mim e descobrir realmente quem vive dentro deste corpo, estar atenta e cuidar bem dele, seja a nive fisico como mental.
A família. Esta semana visitei idosos e olhei para eles com carinho e tristeza ao mesmo tempo, chorei mesmo. Penso nos meus pais, principalmente a minha mãe que imagino um dia muito tortinha por causa dos problemas de ossos... Tantos anos passaram, a marca que deixaram na vida e agora estão ali, fora da sua casa, longe de quem cuidaram.
Na minha familia,como em todas, umas mais outras menos, sempre houve problemas, zangas e nunca tinha assistido a uma crise tão grande mas há um núcleo que se mantém unido desde sempre e que me faz feliz, por isso é dele que me devo ocupar e preocupar em primeiro lugar. E claro, a este clã junta-se agora a minha própria familia, que eu e o J estamos a dar início. (Não, ainda não temos rebentos ou sementes!mas continua a ser muito giro pensar nisso).
A realização profissional. Quem me vai lendo sabe que não admiro o emprego que tenho. O mau ambiente, a forma de se trabalhar, o pingue pongue que vão fazendo comigo, os clientes péssimos a acharem que tenho uma varinha mágica nas mãos. Enfim, uma série de situações que me levam a duvidar a profissão que tenho e o caminho que lhe devo dar. Mas o mestrado e a vontade de fazer algo importante, de deixar uma marca honestamente é uma vozinha aqui dentro de mim. Será isto possivel?