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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Ucrânia sempre no meu pensamento.

Estes dias têm sido um relembrar de março de 2020. Não consigo desviar a atenção das notícias, sejam elas na televisão ou em texto. Tenho aquele sentimento de que no minuto seguinte vai acontecer algo ainda pior.  E apesar de estar longe desta guerra, de poder estar no conforto de minha casa e de ter toda a minha familia e amigos em segurança, tenho o coração apertado de ver tantas familias separadas, longe do seu lar, da sua terra, para seguirem com as suas vidas nas condições que outros países conseguem arranjar. 

Parte-me o coração, quando os homens ficam para trás e mulheres e filhos seguem para outro país, sem saber se algum dia vão voltar-se a ver. Dói muito pensar se fosse eu. Se fosse o j. Se hoje, estando eu grávida, tivesse que fugir do meu país e deixá-lo para trás, sem saber se algum dia ele veria a cara da filha, a pudesse beijar e aconchegar e dar-lhe todo o seu amor. Dói. Dói muito. Dói muito porque se a paz não vier e se o cenário não mudar, não sabemos se isso não poderá ser uma realidade. Dói porque estamos em pleno 2022, com tanta democracia no mundo, amnistia, NATO e ainda existir tanto protocolo que impede que o psicopata permaneça vivo, dando continuidade a um genocidio e à destruição de um país que apenas quis manter a sua independência. 

E poderia acalmar-me, pensando que nós aqui no cantinho do céu, nunca iriamos ver as consequências, mas vamos vê-las na economia e o que me coloca em pânico neste momento é essa história da ameaça nuclear.

E penso na minha filha, que me dá pontapés, contente da vida depois da sua paparoca e peço-lhe desculpas por colocá-la neste mundo. Um mundo de pessoas bonitas mas também de paranóicos que fazem guerras porque acham que não precisam de ser internados num manicómio.

ucrania

Uma nova forma de amor.

Hoje o j. está a trabalhar, por isso não vai haver jantar à luz das velas decorado com um grande ramo de rosas vermelhas, e cujo culminar seria uma noite louca.

Mesmo que estivesse comigo agora, provavelmente já teríamos tido a nossa sessão louca (ou não ) íamos jantar o belo do frango assado e daqui a pouco eu estaria a ressonar no sofá. Digamos que após quase 19 anos de namoro, não se espera grandes alaridos nesta data.

Mas o que eu quer dizer é que eu não vou passar esta noite de namorados sozinha. (ah essas mentes! não vou ser infiel ao meu j. Não!). Não será uma noite solitária pois vou passar com uma pirralhita de meio quilo, que cresce dentro de mim há 22 semanas e que já vai dando sinais de que é mesmo real e de que é moça para vir com a pica toda.

Julgo que aquela sensação de que todas as mães falam quando vêem a sua cria pela primeira vez é bem diferente da que sinto hoje, mas a verdade é só uma, este amor é bem diferente dos outros que tenho sentido ao longo da vida, e eu e o j.estamos a viver dentro de uma bolha de amor, com esta nova forma de amor que nos foi presenteada.

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Enamorada por ti minha Tótó pequenina!