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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Eu cá não tenho vontade nenhuma de sair de casa.

Antes da pandemia havia um sem número de desafio nas redes sociais, nos blogues, éramos constantemente desafiados e alinhávamos, era divertido e fácil de realizar. Sentiamo-nos bem com o objetivo superado.

 

Agora com a pandemia o desafio é outro: Sair de casa.

Digo-vos pela minha experiência que é toda uma dinâmica que tem muita probabilidade de estar errada. 

 

Há uma semana atrás arriscámos sair de casa e ir à mercearia. Já na mercearia, o primeiro obstáculo foi arrancar um saco para colocar fruta. Eu olhei para o rolo e perguntei-me "Agora como é que tiro um saco daqui". Até acho que o rolo estava a rir-se de mim. Eu tinha que pegar num saco e arrancá-lo mas para isso tinha que segurar o saco seguinte, que ia ficar para outra pessoa. Vamos lá ver, eu tinha acabado de desinfetar as mãos, o problema não era eu, mas sim o saco que usei, alguém o tinha segurado e não sei o estado das suas mãos ou nem quero pensar sequer na hipótese de que ainda há malta que tem a mania de lamber os dedos para facilitar a abertura de sacos finos como aqueles.

Para além disso temos as trocas do cartão de multibanco ou dinheiro e toda a logística de chegar a casa, colocar tudo no saco de desinfeção e desinfectar tudo. Produtos. Roupa. Sapatos. Maçanetas. Interruptores. Chão.  Nós. E nem sequer sei se estou a fazer tudo bem, se o raio do bicho não veio a acompanhar-me.

 

Mas hoje fui à mercearia comprar pão. Só pão. A logística continua a mesma mas pouca coisa é mais simples. E hoje reparei nas pessoas que aguardavam  na fila.

 

Houve uma senhora que se queixava de ter que esperar na rua, estava frio, ia constipar-se e ir para o hospital numa altura destas era impensável. Eu quis ser simpática e agradável e disse que tínhamos que cumprir e ter paciência. Olhei para ela. Tinha um vestido pela canela, de verão, sem meias, trazia um lenço ao pescoço mas que na realidade não estava a fazer nada pois viam-se as mamas pelo decote do vestido. Mas vá, levava um casaco com pêlo para compor a coisa.

Depois chegou outra senhora que vinha com luvas calçadas mas decidiu colocar-se junto a mim, portanto, sem distanciamento.  De referir que continuávamos na rua.

 

Para mim a situação grave foi a seguir, quando chegou uma senhora lá para os seus 80 anos. Que vontade de mandá-la para casa. Trazia máscara mas a máscara foi descaindo e ficou com o nariz descoberto. Eu já tinha entrado e foi a moça do supermercado que viu e chamou-a a atenção.  Ou seja, aquela senhora, demonstrando alguma incapacidade e não se apercebendo que a máscara tinha escorregado pelo rosto, ficou lá fora, com duas mulheres que tendo noção da situação não têm noção nenhuma.

 

Portanto, só de pensar em sair de casa, não só por toda a logistica, mas também por observar o comportamento das pessoas como vi hoje, pergunto por que é que ainda têm vontade de sair de casa?

Bebam água!

Um dos meus grandes erros é beber pouca água. No início da semana apercebi-me que cá em casa não andávamos a beber muita, principalmente o j. que eu acho que passou dias sem meter um pingo naquele corpinho.

 

Como eu estou mais activa por causa do trabalho e lides domésticas vou bebendo mais mas ele não. Então ontem lembrei-me de tornar isto um bocadinho mais divertido.

 

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E se o j. quer ser cá da malta

Tem que beber este copo até ao fim

E vai acima e vai abaixo e vai ao centro 

E bota abaixo 

E bota abaixo

E bota abaixo 

 

 

A nossa frente de batalha é ficar em casa!

Nos últimos dias é raro não me lembrar de um filme que vi há uns tempos.

Tão idêntico.

Como se alguém tivesse pegado maléficamente no conteúdo e o tornasse realidade. 

 

O pânico chegou depois de saber que havia 1 caso confirmado e outros suspeitos muito perto de mim. Veio o rodopio da procura de informação sobre o que fazer. Foi uma busca incessante de obter algo que me tirasse as dúvidas, as incertezas, que me desse esperança e alívio para a ansiedade que me transpirava nas mãos.

Os  números cresciam, as informações também, até que declararam a tal "guerra" que o filme me mostrou. Uma guerra cujas armas são máscaras, luvas e alcóol. Mas é uma guerra igualmente devastadora. É estarmos à espera que caia a bomba em cima,ficando na incerteza se morremos ou ficamos nos escombros à espera de ajuda,  ou se nos safamos com uma sorte do caraças. Mas há também a hipótese de fugir da trincheira e correr velozmente sem ser atingido. Mas isso, pode correr muito mal.

 

Se nos tiraram a liberdade foi em prol da nossa saúde. Da dos outros. De todos. Foi em prol dos hospitais e dos profissionais que lá trabalham exaustivamente por estes dias e que tentam com um desgaste físico e psicológico diário, manter um gráfico com poucas baixas.  E não esqueçamos os outros. Os que nos entregam o correio, a comida, as compras, os que nos atendem nas farmácias, nos supermercados, os que produzem a comida, a bebida, os produtos diários. Os que as entregam. Os que nos levam o lixo. Os que constroem a nossa casa. Os que tratam da economia, das finanças, das nossas empresas. Os que asseguram a ordem, a nossa segurança e a nossa proteção. Todos aqueles que não podem ficar em casa para que fiquemos à tona minimamente.

 

É por isso que acho que está a acontecer a maior manifestação muda do que são os empregos mais importantes, essenciais e com maior valor para que este país funcione. Os mais mal pagos curiosamente. 

É portanto e sem dúvidas, um país inteiro a ser posto à prova. Governantes, diretores da " indústria saúde" têm um enorme peso em cima dos ombros. O maior desafio da vida deles. E ter esperança neles, nas decisões deles, pode ser o maior ato de coragem que podemos ter neste momento enquanto cidadãos portugueses. E independentemente da cor politica, dos desastres que tem havido antes deste vírus, estes governantes estão preocupados (alguns, claro) e querem com toda a consciência que tudo corra bem.

Quando vejo as notícias com governadores de outros países a dizerem que pior foi a facada que levaram ou que não precisam de fazer o teste porque não vale a pena, fico orgulhosa deste nosso país, pequenino e cheio de falhas, que gritou emergência muito antes dos mísseis dispararem descontroladamente. 

 

Foi uma semana de muitos números, de informação crescente e muitas vezes repetidas. Se por um lado pode gerar pânico, por outro vai encaixando na mente de cada um de nós e acabamos por renunciar ao inevitável: Cumprir as regras e o que nos é imposto.

Vamos sentir que nos tiram a liberdade quando tivermos que esperar para entrar no supermercado, ou na farmácia. Ou sair de casa apenas para caminhar um pouco. Mas é errado pensar que nos tiram a liberdade. Temos luz. Temos água. Temos gás. Temos Internet. Temos comida e bebida. Temos trabalho ou lazer. Temos teto. Temos conforto. Temos tempo. Temos tudo. Com tudo o que a tecnologia e as redes sociais nos oferecem podemos "estar" com quem quisermos. "Ver" quem quisermos. "Dizer" o que quisermos.

 

Não se avizinham bons tempos é certo, mas quero acreditar que vamos ser um exemplo de vitória neste novo marco na história mundial e científica. Para isso, cada um de nós tem um papel fundamental nesta frente de batalha e que é, por sorte, ficar em casa! 

 

E que, por certo, será um grande abre olhos para todos.

 

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(daqui)

Minha pequena colibri

De olhos rasgados disseram,  vem aí

Uma força invisivel soprou levemente

E chegou até aqui

Onde ainda está dormente

 

Minha querida não sei o que é isto

Não sei o que vai ser de ti

Sei que fui eu que te meti nisto

Por favor, não digas mal de mim

 

A esperança é a última a morrer 

Por isso o caminho é para ali

Que um dia vou-te ver nascer 

Minha pequena colibri.

 

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Rádio Tótó #3

Porque em tempos de guerra gritamos RESISTÊNCIA!!!

 

Forte abraço aos nossos quase vizinhos italianos e todos os países a serem atingidos por esta bomba biológica. 

 

Forte abraço a quem foi diagnosticado, a quem está a recuperar em casa, a quem está internado e aos que choram hoje por causa deste míssil silencioso. 

 

Quero acreditar que este nosso país de seu nome Portugal, pequenino e cheio de falhas vai conseguir mostrar ao mundo que consegue ser um exemplo para esta guerra!!!

 

Cabe a cada um de nós ficar na frente da batalha, em casa!!! A quem não for possível mil cuidados ok!!!

 

Forte abraço. VAMOS TODOS FICAR BEM!!! 🌈

Rádio Tótó #2

Vamos levar tudo isto o mais leve possível.

Vamos divertir-nos uns com outros, à distância, sem contato físico.

Vamos ver isto com uma experiência nova.

Vamos pensar que um dia vamos recordar isto como a maior superação da nossa vida.

Vamos fazer parte de uma outra história no mundo.

 

Vamos ser positivos. Boa?! 

 

 

Rádio Tótó #1

A música tem sido a minha aliada, uma amizade que se tornou mais forte nesta altura da vida. Faz maravilhas e ajuda-me a manter-me focada no trabalho. Felizmente, aqui, posso escolher as minhas músicas. Não tenho que ouvir mil e quinhentas vezes as músicas que passam na rádio ou nos canais de músicas da televisão.

 

Tal como em todas as situações stressantes por que passo, as músicas têm que ser fortes, épicas, sinfónicas e também divertidas. 

 

Decidi então, tal como fiz no post anterior, passar a partilhar convosco algumas músicas que vou ouvindo durante os meus dias em, digamos assim, teletrabalho.

 

Em modo loop, tem sido esta. Espero que gostem.

 

 

Nota: Há um video de yoga com esta música muito giro de se ver. Atenção, como vão perceber, este vídeo foi feito em timelapse. 

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