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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Relógio biológico fez das suas.

Eu sonho imenso, acordada e especialmente a dormir. 

Na noite de sábado para domingo, sonhei com maternidade. Sonhei que tinha acabado de ter gémeos mas um deles não estava bem. O outro bebé estava comigo, com diarreia e eu sentia-me perdida ao pô-lo confortável, devia estar deitada e em repouso mas não, eu andava de um lado para outro, inquieta pelo outro bebé. Estava sozinha, a desesperar por não saber o que fazer. Acordei com uma angústia terrivel.

O meu inconsciente traz-me a vontade de ser mãe e o medo, muito medo, de não saber o que fazer.

 

Mães desse lado, isto é normal? Isto passa ou nunca vai passar? 

Não é só a Amazónia, tem que ser o mundo inteiro!

As queimadas sempre fizeram parte do processo agrícola, na amazónia e na minha aldeia. Há tanto tempo que oiço falar da amazónia, da extinção das espécies, da desflorestação...Mas vamos ser sinceros, vamos fazer o quê mesmo?

Nas redes sociais correm hastags e orações pela amazónia, mostram ser ativistas, a influenciar todos por um planeta melhor. E acho bem, quantos mais tiverem consciência e agirem, talvez não seja tarde demais. Mas se calhar quem põe hastags não recicla em casa, tomam duches de meia hora e as luzes de casa estão ligadas toda a noite sem necessidade. Deita-se comida fora porque já tem 2 dias dentro do frigorífico, compra-se roupa para o menino porque vai ficar um máximo, tal como aconteceu com os trezentos calções que tem em casa e compram-se tablets antes de saberem ler. E os meninos da idade deles, lá longe, trabalharam dias inteiros para lhe dar isso tudo. 

Nas redes sociais pela internet fora, vê-se à venda um sem número de produtos reutilizáveis e ecológicos, um belo negócio alternativo ao plástico. Mas sabemos de onde provêem esses produtos, que recursos são utilizados para os produzir?

Por exemplo, as fraldas ou os pensos higiénicos reutilizáveis. Poupamos no plástico e temos uma vantagem ambiental, produzindo menos lixo, mas também gastamos mais água e detergente, lixívias, na limpeza e desinfeção dos mesmos e mandamos tudo pelo cano abaixo. Não falo sequer do tempo e do stress que isso possa exigir para muitos, principalmente numa altura de privação de sono e mau feitio menstrual. Dantes, esses "panos" eram lavados no rio, nos lavadouros, eram bem esfregadas a sabão azul e branco e postos ao sol, a corar, pelas mulheres, que era isso que faziam, uma vida doméstica.

Hoje somos diferentes, moldaram-nos para um mundo diferente, um mundo fácil e rápido. 

Hoje, o facto de termos que andar com um saquinho para guardar os pensos e as fraldas reutilizáveis, é meio caminho andado para alguém um dia se lembrar de dizer que se trata de um problema de saúde pública. 

Enfim há sempre o reverso da medalha. 

E agora não se fala do papel? Portugal e as suas burocracias que exigem papéis e mais papéis, quando vivemos na era digital. Por exemplo, na faculdade, por que razão temos que entregar o mesmo trabalho em formato papel e em formato digital? Não bastava o digitial? Fiz algumas reclamações acerca disto.

 

Há um sem número de questões ambientais que já nas aulas de geografia do 7º ano (já lá vão uns 20 anos) eu ouvia. E eu preocupava-me mas não sabia bem o que fazer. Vivia no campo, não havia exageros em casa, ia de autocarro para a escola e andava a pé para ir para a catequese e para a missa, a uns 2 ou 3 km de casa. Andava de bicicleta, via TV e brincava no quintal. Escrevia muito e ouvia música. Mandava livros meus para os meninos de África. Achava que assim estava tudo bem.

Mas o mundo está cheio de questões por resolver. Animais em vias de extinção cuja função serve para manter o equilibrio do ecossistema. Os humanos precisam deles. Assim como os glaciares não deviam estar a derreter a olhos vistos. As espécies polares não sobrevivem. Os oceanos enchem-se de poluição e matam corais, algas e todas as espécies que também eles produzem o oxigénio que respiramos.

E enquanto não nos focarmos seriamente na proteção do planeta e quem tem conhecimento de causa for calado ou simplesmente não quer falar, a natureza continuará a funcionar o melhor que consegue.

Mas lembrem-se, se a cidade de S. Paulo não tivesse ficado às escuras às 3 da tarde, ainda hoje ninguém sabia que a amazónia estava a arder há duas semanas. 

 

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3 séries na NetFlix para ver + 3

Não tenho sido espectadora assídua da amada Netflix mas desde Julho estas foram as séries que assisti:

 

01. La Casa de Papel - foi a loucura naquela 6ª feira. "A que horas estreia?, foi às 8h, meu deus, faltam mais de 8 horas para conseguir ver. E depois eram videos e comentários de quem estava a ver. Socorro!! Bom, foi a maratona de fim de semana. Ao ínicio estava a cheirar-me a mais do mesmo e a desiludir-me mas a reviravolta deu-se e fiquei presa. Não gostei do final, fiquei triste triste mas ainda está tudo em aberto. Claro que nos dias seguintes a minha cabeça enchia-se de teorias para a 4ª parte. Para mim, a Nairobi não morre mas fica em coma, como o Moscovo, mas não morre e o Berlim vai estar com ela, dando-lhe as ferramentas necessárias para quando acordar salavar o esquema, porque o professor, em estado depressivo por causa da Lisboa, não vai ter discernimento para conz«duzir as tropas. A Tatiana não é a inspectora como andam aí a dizer, mas sim, uma refém. Entrou infiltrada, tal como os outros dois que foram ajudar a entrar no cofre. Ela sabe o que fazer e vai por o professor ainda mais maluco, entrando em conflito e a fazer asneira atrás de asneira. Daí a Nairobi ser a salavadora do plano de assalto. Pelo meio, a inspectora, gravidissima como está, vai ter a criança e quem vai assumir o comando? Pois está claro, Lisboa! Tóquio bem disse que ela ia trai-los. Mas não se assustem, vai ser uma boa traição, porque Lisboa vai ajudar no plano. 

Qual é a vossa teoria?

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02. Stranger Things - foi uma boa surpresa. Eu lia só coisas boas sobre a série mas tive alguma relutância em ver. Parecia-me ser uma série de terror e não ia ser capaz de seguir. Enganei-me. Tem realmente cenas nojentas mas é muito boa, foi mais uma maratona Netflix cá em casa. E agora, aguardamos a próxima temporada. Porque não fica por aqui. Aquela abertura no portal...O Hopper desaparecido...Será que ele entrou no portal para se salvar?

 

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03. Supermães - pois, nada a ver com as últimas séries mas quando andamos a fazer tic tac, apetece ver este tipo de séries. Que mostram verdadeiramente a realidade e que por vezes é tão assustadora e implacável. Realidade essa que ainda não conheço mas vejo por outras mulheres que são umas supermães.Termina com uma traição de deixar de queixo caido mas se olharmos para os sinais está tudo lá. E como eles enganam...Uma realidade das diferenças entre homens e mulheres existentes na sociedade.

 

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Pelo meio, assisti a Suits, com a SôDôna Meghan Markle, mas começou a ser mais do mesmo e desisti e voltei-me para algo do género The Good Wife que é interessante mas não está a puxar muito por mim.

 Hoje será a estreia a nova temporada de 13 Reasons Why e será a minha nova maratona.

 

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A decisão da semana.

Pois bem, eu ando toda baralhada e junto a isso ando muito preguiçosa. É que nem me sinto cansada, é uma sensação do género, tenho tantas ideias e quero fazer tantas coisas, que depois começo a pensar tanto, que acabo por desistir e isso dá-me um desânimo tão grande, que fico assim, enterrada na procrastinacao, que é como quem diz, no sofá ou na cama. No fim de semana passado dormi horas a fio, eu não sei onde fui buscar tanto para dormir. E é que dormi mal. É o que dá ter muito tempo livre. Sou uma sortuda. 

 

E por causa deste post e do incentivo que me deram, decidi fazer uma troca. Os meus livros inacabados que estão na mesa de cabeceira vão para a estante. Em troca vai estar um livro sobre o tema da minha tese. Todos os dias vou ler e tirar notas. Por pouco tempo que seja, é algo que está a ser feito. Aos sábados pego nesses textos e notas e monto um texto. Se fizer sentido entra na tese, se não fizer pode entrar para o meu outro blog. Assim não deixo de alimentá-lo e continuo a aprender e a manter-me atualizada. 

Mas não vou deixar este cantinho e portanto durante a semana vou pensando nos temas para o blog e aos domingos, deixo os textos agendados para mostrar-vos aqui. Se não houver temas ou domingos livres não me vou massacrar por estar a falhar. Passa para a semana seguinte.

 

O importante é não julgar, não culpabilizar, não obrigar. Se fizermos com gosto e interesse próprio, julgo que será tudo muito mais fácil. 

Prontas para falar de sexo?

Tinha em mente falar sobre um documentário que deu na semana passada no canal Odisseias. Foi o j. que descobriu, pois como bom homem que é, anda sempre a par destes "eventos". E foi muito interessante ver e aprender e tirar novamente a conclusão de que nós mulheres temos muito poder, que sempre o tivemos, mas o cristianismo e a  sociedade no geral veio colocar a mulher numa posição submissa, como que só fosse necessária para procriar, para garantir descendência. 

O que não deixa de ser irónico, pois a Eva, em todo o seu esplendor provocou e pôs à prova o Adão, o qual não resistiu e comeu a maçã. E claro, quem foi o culpado da história? A mulher! Tendo como castigo, até aos dias de hoje, ser considerada inferior ao homem, só porque o homem foi fraquinho, não é? Tipo vingança...

 

Eu fui educada assim, submissa, sexo é coisa feia para as meninas, quando fui apanhada ao colo de um vizinho era eu uma miudazeca da primária, os meus pais iam-me matando...não fizemos coisas bonitas para aquela idade mas estávamos nas descobertas. Eu claro era mais timida,  e quando cheguei à adolescência e sentia a pardala aos saltos a ver coisas mais elaboradas que passavam na televisão, achava que aquilo era culpa do meu vizinho. Santa inocência. Criei crenças em volta do sexo por causa do ambiente familiar em que vivia e claro está, da educação e do que a sociedade os ensinou. Eles só estavam a transmitir o bem na perpectiva deles, não os culpo, mas tudo isso levou-me a ter medo do beijo, do sexo, vocês sabem lá o tempo que demorei a ter coragem para fazer o meu primeiro fellacio

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Mas o que me leva hoje a falar deste tema é a junção do documentário que vi e o que a desarrumada sofreu, à conta do seu à vontade para falar de sexo e das suas experiências. Ou pela Mia, ter sido censurada por ter colocado uma foto de uma mulher a mostrar os mamilos. Ou por todas as mães que amamentam em público e são criticadas. Não dá para perceber. Nos filmes banais mostram sempre as mamas das mulheres mas o pirilau do homem é mais raro, porquê? Então agora já se pode mostrar as mamas? 

 

Se eu acho que devemos falar sobre sexo? Devemos. Se tenho vontade de escrever sobre isso? Tenho, às vezes gostava de saber das vossas experiências para tirar certas dúvidas minhas e no geral. Mas se tenho receio, tenho. Principalmente, por ter que ler e quiçá responder a comentários como os que a desarrumada teve que se confrontar. Eu não quero ser insultada, sentir-me abusada, quando o sexo é mais do que pimbas pimbas e já está feito por hoje!

 

Fomos ensinadas para ser bem comportadas, logo não vamos falar de sexo para as outras pessoas, essas coisas ficam no quarto. (No quarto também faz parte do bom comportamento, não se faz em mais lado nenhum...) Cabe a cada uma decidir isso, mas se há quem decida abrir o jogo, porque não participar, dar o testemunho, tirar dúvidas, aprender com mais mulheres e não achá-las umas doidas, perversas e umas p*tas.

Não fazemos todas? Não gostamos? E se não gostamos é porquê? Falta de estímulo? Crenças? Não quero sequer falar em traumas...mas também há, muitos, infelizmente...

Em relação à perpectiva dos homens, a minha opinião não é muito diferente. Como fomos habituadas a ser bem comportadas e a criar uma familia, talvez os homens, por não terem uma mulher sem pudores em casa e que lhe satisfaçam fantasias, ou façam determinadas coisas em conjunto, veêm as mulheres que falam de sexo como se fossem umas p*tas e então saltam-lhes em cima, em jeito de violação verbal. Mas Ladys, nós sabemos que nem sempre os homens têm a culpa toda...

 

Eu gosto de sexo. Admito que não sou uma louca na cama como dizia o marco paulo. Há dias que são super estimulantes e vibro imenso ao ponto de ficar dormente. Há outros que não estou para aí virada. Umas vezes deixo-me enrolar. Outras sou sincera e não quero mesmo. O j., como qualquer homem, acho, era a toda a hora e sei que fica triste quando lhe dou uma nega. 

 

Nós mulheres, temos muito mais a comandar-nos, para eles basta um cabide em pé.

E é disso que o documentário quer falar-nos. Lá porque eles estão sempre prontos, não quer dizer que as mulheres tenham menor desejo sexual. Chama-se "Será que as mulheres têm maior desejo sexual". Não sei se vai repetir no canal odisseias ou se há outra forma de ver, mas acho que deviamos todas interessar-nos cada vez mais por estes assuntos de mulheres.

 

 

Obrigada Desarrumada por me fazeres arriscar. 

Pendências

Tomei consciência das várias actividades pendentes que tenho nas diferentes áreas da minha vida.

Aquela que neste momento acho mais importante é a tese. Descuidei-me tanto com ela, já nem sei sequer se a minha orientadora me aceita de volta. Por variadíissimas vezes, nos últimos tempos, já me passou pela cabeça deixá-la estar lá quieta.

Tudo começou com desleixo, eu tinha programado começar no verão passado, mas as distrações depois do dia de trabalho eram demasiadas. Depois meteram-se as aulas do 2º ano, trabalhos, avaliações, a disciplina do 1º ano que deixei para trás, a desmotivação no trabalho que me fez questionar vezes sem conta se deveria continuar com a profissão. Depois comecei a querer criar um negócio próprio e lançar-me sozinha. Obti bases e pensei muito naquilo mas percebi que ainda era cedo, precisava de mais experiência, de motivação e essencialmente disciplina e método.

Agora que mudei de emprego, em que tudo corre melhor e a minha motivação é outra, deveria ser o pontapé de saída para estimular essa disciplina e cumprir com os objetivos mas esta preguiça ao final do dia é tanta para me enfiar em livros académicos...

 

Este blog ainda vai sendo usado, apesar de poucas vezes, mas o outro, coitado, com tanto conteúdo para descarregar, está ali, a ganhar teias de aranha...

Ainda hoje no trabalho pensava nisto. Estive quase 4 horas seguidas de volta de um projeto e depois desse tempo pensei para mim "Se aqui eu consigo estar este tempo todo a produzir, porque não o faço em casa, com as minhas coisas?"

 

Tomei consciência também de que passo muito tempo a ver séries e no instagram, ou pela internet no geral, quando tenho um molho de livros por ler e outros por terminar. Ou roupa por passar a ferro e meias por dobrar ou a sala de desarrumação para arrumar.  às vezes pesquiso por "Como vencer a preguiça? Como ser mais produtivo?" mas não me dizem nada. Escrever é bonito e ler ajuda mas enquanto não saltar do banco, esquece, não há como vencer o quer que seja! E ficar com as ações no pensamento cansa.

Gostava de ir a pé para o trabalho mas não consigo levantar meia hora mais cedo. Gostava de ter um negócio em paralelo para ganhar uns trocos extras mas não me consigo decidir por que tipo. Gostava de levar a minha tese a um livro mas mal comecei. Gostava de ter uma casa nossa mas nem sequer ainda a desenhei, nem fiz estimativas de custos. Gostava de ter um filho mas acho que a tese devia estar primeiro para não ficar pendente, mas depois penso que a idade não perdoa e não se devia meter uma resma de folhas à frente de uma vida. Enfim, uma série de pendências que julgo que sejam a causa dos disturbios do meu sono. Sonhos com muita confusão, chatices, conflitos...

Julgo que seja a forma do meu organismo me dizer que para desembrulhar o cérebro é preciso meter mãos à obra. 

 

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Atear fogo a uma bomba de combustível.

A greve dos motoristas gerou-me muitas dúvidas na semana passada. Primeiro comecei por não perceber  o porquê de uma greve se sempre ouvi dizer que os motoristas ganhavam bem, e ainda há pouco tempo estive com um ex colega de trabalho que foi fazer internacional e mesmo não dizendo valores estava bem explícito que o homem estava a ganhar muitoooo bem!

Depois o j. viu um recibo de ordenado de um motorista que andou a circular na Internet e percebi com isso que o ordenado base é um bocadinho inferior ao meu mas depois de ajudas de custo e blablas, ganham muitoooo mais do que eu. Não me falem que conduzir um camião e sobretudo de matérias perigosas é de uma grande responsabilidade, todos os trabalhos são de grande responsabilidade e muitos até menos bem pagos.

 

Depois não conseguia perceber o que é que o governo tinha a ver com uma área que é privada. O meu pai falou da constituição. Eu ri-me, deviamos todos recorrer à constituição. Burros. 

E por isso, comecei a magicar teorias.

 

Isto era um negócio, um complô com as gasolineiras. No estado entrava dinheiro, muitoooo dinheiro, pois na última greve foi um descalabro de corrida aos postos de combustível e o sr. Imposto ia entrar nos cofres sem necessidade de vaselina. Pois, e o j. veio dizer-me logo de seguida que o preço dos combustíveis ia descer esta semana. Hummm. Interessante...parecia estar a começar a encaixar bem...

 

Bom, eu fui pôr gasóleo, depois de várias tentativas em alguns postos onde já não havia alimento para o meu veículo, mas não entrei em desespero, é verdade que tinha menos de meio depósito, mas se me faltasse combustível podia ir a pé para o trabalho, contudo, por insistência do j. e porque os meus pais não têm transporte próprio, ainda moram uns kms de mim e nunca se sabe o que podem precisar, pronto, lá fui eu à prio (que não gosto muito mas pronto era onde havia) e atestei (30€),não 5€ como um homem que foi ao posto da Repsol. Sim, é só mais um testemunho ridículo, entre muitos outros que andam a circular por aí. 

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Os portugueses andam sempre em greves, a acharem-se uns coitados que ganham muito menos do que nos outros países, que o governo, seja de que cor política for, são uns imbecis e não sabem fazer mais nada do que roubar. É pá e eu até apoio um bocadinho isso mas também dou algum benefício da dúvida porque não é um emprego fácil e pegar muitas vezes na m*rda dos outros e pô-la a cheirar bem, pode até ser um milagre.

Então, eu fiz mais uma teoria. Os portugueses andam sempre a lastimar-se e no momento em que podiam mostrar o seu poder recorrem ao desespero, como se o mundo fosse acabar. (Também não era muito inteligente, dado que não iam precisar de combustível, porque não iam a lado nenhum.) 

E se tivéssemos todos ficado sossegados? E se a greve continuasse por semanas e à medida que fossemos ficando sem combustível deixávamos de ir trabalhar, de ir ao shopping, de ir às compras mais longe do que o nosso bairro, não estaríamos assim a prejudicar mais a economia do país?É claro que precisamos de dinheiro mas os nossos patrões precisam de nós certo? Sem nós é difícil produzir nas mesmas condições. Não seria desesperante? Uma espécie de revolta?

E o silêncio que era. E uma ajuda enorme para o ambiente. 

Mas não. A generalidade foi à corrida do combustível. Ajudar a economia. Ajudar os motoristas a ganhar ainda mais do que eles, que como já disse, coitadinhos, ganhamos mal. Ajudar as gasolineiras que, coitadas, com esta coisa da sustentabilidade e carros elétricos e redução de emissões de co2, estão pela hora da morte. 

E claro está, estamos a apoiar o governo, que está completamente do lado dos portugueses, que não vai deixar que nada nos falte e está irredutível quanto ao pedido de aumento de salário, que nem sequer é para este ano, nem para o ano e vão lá eles saber se daqui a 2 anos já não estão a trabalhar noutra empresa a ganhar mais, ou mudaram de emprego ou estão reformados. 

Há. Espera. Descobriram agora que com um salário base baixo, recebem menos na reforma. Não estamos todos a desejar a reforma? Então devíamos ter um plano para ela durante o activo, mais que não seja um plano poupança-reforma. Cof Cof. 

Mas como bons portugueses gostamos de mostrar ao vizinho, a remodelação da casa, o carro novo e dizer que o filho vai ser engenheiro não é? 

 

Por isso agora o governo, está do nosso lado e não dos motoristas, e nós olhamos para o Costa com um brilho nos olhos e em Outubro vamos dar maioria absoluta ao socialismo. Até irá haver menos abstenção. E olhem que eu tenho tendência para o rosa. 

 

Cuidado portugueses. Nós somos muito melhores do que isto, somos um povo muito mais inteligente do que muitos lá do estrangeiro. Deixar-nos manipular assim é mais perigoso do que atear fogo numa bomba de combustível.