O Para Sempre Tótó faz hoje 2 anos!

Eu lá pensava que ia durar tanto tempo, mesmo com algumas ausências vai crescendo aos poucos e ele e vocês que passam por aqui vão-me ajudando a atravessar o caminho sempre de pé.

Obrigada! 🙏

Todos os que lêem os meus resmungos por aqui, sabem o quanto ando aborrecida com o meu trabalho e com algumas atitudes nele com as quais não me identifico. Foram algumas tentativas para a mudança e eis que chegou à minha frente, assim do nada, uma oportunidade: voltar ao meu ponto de partida, onde a minha história profissional deu início e da qual sentia uma pontinha de nostalgia sempre que passava por lá.

E lamento para aqui e para ali, para acoli e para acolá e nunca pensei na hora da verdade!

Já me despedi antes, pois claro. Da primeira vez ia toda a tremer mas ia muito certa do que ia fazer. Mas o patrão não deixou, convenceu-me que ia ser diferente. E foi. Da 2a vez senti pena mas estava super feliz porque ia voltar à minha área profissional.

E agora eis-me aqui, acabadinha de me demitir. 

Nunca é fácil. Frio na barriga, tremeliques, mãos suadas, uma noite quase sem dormir. Desejava uma mudança e quando chegou o momento, na minha cabeça passavam disparates como " a empresa precisa de mim, não é a altura ideal, cometi muitas falhas, e sou uma ingrata em deixá-los assim". E um medo horrível de dizer o discurso da despedida. Pensava que nunca ia conseguir, iria ter aquele lugar para todo o sempre. Felizmente tenho um outro lado que afugenta pensamentos deste tipo, nem sempre, mas desta vez deixou-me centrar apenas em mim e fazer ver que independentemente de ser uma boa ou má decisão é a que acho melhor neste momento e tenho que usar todos os ensinamentos que recebi até aqui e melhorar continuamente. 

Um novo sítio, uma nova função é sempre entusiasmente, é como o ano novo, enchemo-nos de objetivos e esperanças e depois acaba-se por fazer muito pouco. É isto que eu gostava que não acontecesse. 

Quanto ao ainda meu trabalho, terei que passar mais um tempo na empresa para cumprir com a lei e isso custa um bocadinho, dar o meu tempo a algo que está oficialmente terminado, custa levantar de manhã, custa continuar a ter chatices mas também há alívio e a alegria por deixar um lugar que me estava a deixar infeliz e doente. 

Agora espera-me muito trabalho, muito estudo e revisão de matéria mas também espero estar a altura do desafio. Vou fazer por isso. 

Estou ligeiramente insegura mas há-de ser como andar de bicicleta, nunca se esquece. 

Eu sou das que lêem os textos que dizem "contém spoilers" e pouco me importa saber o que vai acontecer, há sempre surpresas e não sei o modo como as cenas se vão desenrolar.

O último episódio de GOT foi assim. Eu li na 2ª feira de manhã o que iria ver à noite e ufa! Foi por um triz. Quando me dei conta das horas já estava quase a começar e ainda não tinha o jantar feito.

Já tinha feito o meu episódio mental e houve factos que me surpreenderam como o Jon matar a Dany. Pensei que fosse a Arya.

Não pensei no Bran como o Rei, inclinava-me para a Sansa, mas esta também ficou muito bem posicionada.

Gostei do facto de ter havido passagens cómicas.

Adorei a cena em que a Dany aparece ao publico, no cima das escadas, com a destruição e o seu filho atrás e a abertura das asas do dragão, centrado com ela, de forma a parecer que ela é sua mãe e também ela tem asas.

O trono de ferro a derreter, um sinal de que o trono seria para Bran.

A doçura do dragão a chorar pela mãe e levá-la com ele.

Não acompanhei a série quando começou, resolvi um dia, há uns anos atrás, ver o porquê de falarem tanto da série. Consegui começar desde o primeiro episódio e obrigava-me a parar de ver, era viciante. Se bem que a série foi amornando mas o factor surpresa esteve sempre presente em todas as temporadas.

Traz muita moral para os jogos de poder, para as pessoas que vivem em esquemas e estratégias.

Ser mau às vezes é bom, ser bom nem sempre é mau. 

E ao som desta música escrevo a minha carta de despedimento! 

Eu gostei do episódio de ontem da guerra dos tronos mas sei que há muitas pessoas que estão indignadas com alguns factos, por isso, julguem-me se quiserem! Eu aguento 

Quero acreditar que são muitos que não gostam de matança, eu inclusivé, principalmente de pessoas inocentes, crianças mas também sabemos que na vida real isto acontece e ultimamente são atentados atrás de atentados, tragédias e guerras sem fim. E isso sim, aterroriza-me, desassossega-me! Quando estou no meio de muita gente, numa cidade, num evento, a minha mente pensa "E se agora entra aqui um doido qualquer?"

Eu nunca vi GOT como se fosse uma novela, até porque não é! Sempre houve muita carnificina e partes em que uma pessoa ficava completamente atordoada, até mal disposta (não me esqueço da cabeça esburrachada com as mãos (Oberyn)) e da morte horrenda dos pais Stark e estes eram os bonzinhos...Mas é isso que torna esta série tão boa, pois tem a capacidade de nos deixar de boca aberta, para o bem ou para o mal.

A Dany surpreendeu muito mas como tudo de repente lhe foi retirado, a reação dela no final do episódio anterior  já previa que não vinha coisa boa ! Foi vivendo até aqui num equilibrio entre o bem e o mal mas com tanto murro no estômago, precisou de dar um murro na mesa e mostrar que também ela é poderosa! Mas não esperava  o que aconteceu. E foi muito intenso!

Assim que o dragão embicava para Cersei, pensei sempre que esta ia morrer tal como Varys (a morte deste é que não me fez assim muito sentido mas...), mas quis o destino que a malícia se esmoronasse nos braços do seu Jamie, chorando e desesperando à beira da morte e ironicamente nos "estábulos" dos dragões. 

Jon Snow continua o coração mole e cheio de sentido de justiça mas acho que isso vai tramá-lo ou então vai surpreender-nos...

Arya quase que ia morrendo, estive sempre à espera disso mas a miúda é forte e de certeza que vai tramar alguma...

Estou com alguma curiosidade para saber o que irá acontecer a Tyron e também a Sansa, a miúda é desconfiada mas assertiva e pouca amiga da Dany (teremos rainha?)

Pois bem, tal como na vida real, tentamos ser honestos, humildes, submissos, etc, pensamos que temos pessoas do nosso lado mas afinal andam a fazer-nos rasteiras. Pois, não dá. Chega a um ponto que perdido por cem perdido por mil e solta-se o dragão dentro de nós! Depois aqueles que acham que têm o poder de tudo deparam-se com esta supresa e com a morte (que pode não ser necessariamente a morte mas algo que os destrone, desarme) e metem o rabinho e lembram-se que são tão humanos como os outros.

Tenho andado distante aqui da blogosfera e redes sociais mas mesmo assim o Sapinho ofereceu-me um destaque! 

Já ando melhor, a medicação tem ajudado muito.No domingo tive uma pequena recaida mas a coisa compôs-se. Noto que continuo a dormir mal, sinto-me a dar saltos e voltas na cama e deve ser isso que me faz andar quase sempre com sono e durmo muitas horas. Talvez seja o meu organismo a dar luta, talvez... Não tenho tido crises de pânico, apesar do receio estar cá na mesma. Há dias que me sinto mais tranquila que outros. Enfim, faz parte do processo... O trabalho, continuo a detestá-lo e gostava realmente de ter mais tempo para delinear um projeto meu mas agora é o mestrado e só o mestrado. Ainda por cima fui induzida em erro e vou ter que fazer um plano de TFM e tenho que dar aos dedos e ao cérebro senão não há tese para ninguem e para além disso ainda há uma disciplina para fazer e com o meu estado de saúde debilitado nem sequer tenho ido às aulas. Se há coisa que aprendi com esta minha grande recaída, é que tenho que saber definir objetivos e prioridades e ter muita organização e planeamento, pois é impossivel termos tudo ao mesmo tempo. Cada coisa a seu tempo e cada decisão nossa é válida, mesmo que não corra como era suposto.

O corpo grita mas a vida tem  que continuar e temos que ser felizes e correr atrás do que nos faz bem.