...e estúpida!
Estas férias vi, pela primeira vez, uma exposição do World Press Photo. Já tinha visto, de outros anos, algumas fotos em revistas, na net, mas ver uma exposição é outra dimensão. Correram-me lágrimas, senti náuseas, senti felicidade, senti raiva, senti revolta. Tudo isto para ai numa hora ou menos, não sei, perdi a noção do tempo lá dentro. As imagens são maioritariamente sobre morte, tragédia, guerra, desigualdade e mudança de costumes mas também há inovação, fé na humanidade e beleza natural.
E se falamos do tempo, que anda todo descontrolado, que não há verão, e queremos é praia e entretanto desagrega-se um icebergue de 6Km na Gronelândia e não sabemos o que vai acontecer mas o importante mesmo é o Cristianinho ir para a Juventus e a Croácia ser campeã do mundo que nós queremos é que a França sofra outra vez.
E entretanto a FIFA decide que é proibido mulheres bonitas nos estádios. OH CÉUS!! E gajos bons, não? Eles podem ver os jogos nos estádios? Deve haver operadores de câmara gays e que gostavam de mostrar um bom plano. E já agora, porque é que os jogadores se esmeram para ficar todos bonitinhos? É para serem focados pelas câmaras mais vezes? Ai ai sra FIFA, devia proibir jogadores bonitos, devia proibir que eles trabalhassem os abdominais e as pernas, porque aquela musculação toda faz uivar qualquer mulher ou homem. Ah e já agora proiba também o futebol feminimo ou então escolha bem as mulheres, escolha as que lhe provoquem revolta no estômago mesmo que não saibam dar um chuto numa bola! Cá para mim, para haver igualdade, os estádios deviam ser todos demolidos e os jogos passavam só pela rádio. Pense bem nisto sr Presidente!
A exposição mostra também que a humanidade está com um sentido de desorientação ao mais alto nivel. Vamos ver.
Na China, com a crescente subida dos rendimentos, a população está a optar pela alteração de alimentação, escolhendo a carne,os lacticinios e a comida processada como regime alimentar. Cá no ocidente, luta-se por um regime alimentar vegetariano por causa das vaquinhas, da saturação dos solos. Nós cá passámos a soja, sushi, algas, chá verde. Eles lá, tem uma produção megalomana de carne e pizzas.
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No outro dia saiu a noticia de que as mulheres árabes passaram a conduzir e a frequentar estádios, vejam só! Nós não, a FIFA quer proibir só as mulheres bonitas!
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E a propósito do verão e da praia, há um projecto chamado The Panje Project que consiste em ensinar mulheres locais a nadar. Não, não é uma simples aula de natação. A cultura islâmica por ser muito conservadora não permite que as mulheres vão à praia ou que nadem porque não há vestuário decente. Felizmente inventaram os burkinis e a desculpa perfeita para as mulheres de Zanzibar, uma ilha na costa da Tanzânia, poderem mergulhar e sentirem-se livres nas águas transparentes do oceano índico.
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Nos Camarões chama-se Breast Ironing que consiste em ultilizar ferros ou pedras quentes nos seios em formação das pré-adolescentes. Com o desenrolar do texto já devem adivinhar que estas pedras quentes não são propriamente um novo tratamento para as maminhas crescerem lindas e arrebitadas. Pois, elas batem-se e esmagam as maminhas durante meses com o intuito de travar o seu crescimento, para que estas não tomem formas “apetecíveis” aos olhos de um possível violador. Os progenitores dizem que tencionam proteger as filhas de ataques de cariz sexual, porque estas têm que chegar puras aos casamentos, pois não sendo virgens dificilmente arranjam um bom marido e as suas vidas poderão estar condenadas à miséria.
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Pois...
Vivemos numa sociedade livre, que teve transformações e guerras, onde também houve escravatura e poucos direitos, mas felizmente, alguém teve tomates ou vaginas e conseguiram mudar tudo para sermos livres agora!
Por isso, pergunto, porque é que agora estamos a retroceder, enquanto que noutros países, em que mais parece que vivem num planeta diferente, está tudo a transformar-se e a quererem e a conseguirem ser como nós? Tornámo-nos em gente poderosa, capitalista, egoísta, individualista e excêntrica ao ponto de dizer e fazer o que bem nos apetece sem nos olharmos como um todo?
Vamos nós voltar atrás, enquanto eles andam para a frente, ou vamos viver em equilibrio?