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TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

TóTó é o nome carinhoso que ele me dá. Ar calmo e sereno versus um turbilhão interior. Serei eu assim, Para Sempre.

Mordidelas de Amor.

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Sabem aquelas mordidelas que chegam ao cérebro não como sinal de dor (pronto, talvez um bocadinho só) mas como sentimento de amor, de desejo, de prazer. Sabem, não sabem?

 

Pois, mas não foi isso que senti hoje de manhã, às 7.29h, quando o J., decidiu ferrar os seus maravilhosos dentes no meu braço. Belo despertador o meu de hoje. Ele continuou a dormir mas eu agarrei-me ao braço, numa dormência do tipo " O que é que foi isto? O homem estava a sonhar com comida ou o quê?" 

 

BOM DIA! 

 

Tirem-me deste filme!

Continua a não ser fácil. dou por mim a pensar constantemente nestas pessoas que me intoxicam todos os dias mais um bocadinho, mesmo nos fins de semana que estou longe deles. Entro num estado doentio e depressivo porque quero silêncio, não quero ouvir, não quero falar, quero esquecer mas não consigo. Batalho contra isto mas todos os dias calha-me mais um pedaço de desilusão, frustação, sei lá. Ando triste, sem paciência e sem vontade de me puxar para cima.

 

Estou a destruir-me, eu sei, enquanto essas pessoas continuam as suas vidas mais alegres que nunca.

 

Qual é o guião para terminar este filme?

 

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(Era o que mais queria agora)

Fracasso ou oportunidade?

A minha vida profissional anda uma miséria como já devem ter reparado pelos meus textos. Os que me lêem percebem que onde trabalho é tudo muito complicado e estranho. Os jogos, os interesses,  estão a frente de tudo, principalmente, das pessoas. Os "nossos" não valem nada, todos os outros são melhores. Eu peco nessa parte, talvez seja o meu problema ali, não faço parte desse tipo de esquemas, o meu lema é tratar bem as pessoas porque eu também sou uma pessoa e não quero que me tratem mal. Mas isso não é bem aceite e portanto, quem faz parte desse "embroglio" pôs-se à frente e conseguiu pôr-me de lado.

 

Basicamente ando aos tombos desde que ali cheguei. Ora estou num lado, ou estou noutro. Ora estou a tomar conta de uma situação ora deixo de estar. Mas ninguém diz que fiz mal, que tenho que fazer melhor. Não, tiram me a toalha e pronto. Passado uns tempos, com algumas voltas que eu já deixei de dar,  estão a perguntar-me por essa situação. "Oi? Então mas eu n...?"  Pois, parece que voltaste a fazer porcaria.

 

Parece que têm outras perspectivas para mim, vou percebendo mas ainda ninguém me disse nada. Ninguém tem coragem para dizer  "tu não prestas para isto, vais fazer outra coisa!" Preferia que as lágrimas me corressem do que sentir que estou a ser posta de lado. Bem, as lágrimas correm na mesma. 

 

Sinto que em vez de estar concentrada a melhorar o meu trabalho e desempenho estou a matutar nas guerrinhas que acontecem todos os dias e a encontrar o culpado no diz que disse. E também a perceber que estão a empranhar pelos ouvidos e a não querer apostar em mim.

Todos os dias algo corre mal, não tenho um único dia que termine e que não tivesse feito algo mal, nem que para isso me liguem quando já estou descansadinha em casa. São exigentes num grau de exigência estranho.

 

Neste momento não consigo ter descernimento para perceber se o que está a acontecer-me a nível profissional é um fracasso, que me diz que a minha vocação não é esta, que é mais um sinal de que escolhi mal a área, que tenho que desistir.

Ou uma oportunidade para me concentrar no trabalho, evoluir individualmente e crescer, aprender com os erros, os meus e os dos outros, os que acontecem na realização dos trabalhos e concentrar essa informação na minha base, para que um dia faca um brilharete, seja aqui ou noutro sítio qualquer. 

 

O que será? Um fracasso ou uma oportunidade? 

 

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Onde é que tu andas Tótó?

Não sei onde ando neste momento.

Acho que, definitivamente, perdi-me.

Vivo os dias a pensar em como seria melhor ser outra pessoa.

 

Mas porque tenho que ser outra pessoa?

Para não me magoar?

Para agradar aos outros?

Para sobreviver todos os dias?

 

Não consigo pensar por mim própria, tudo o que digo é em vão. Penso, penso e chego à conclusão que estou errada.

 

Então calo-me, calo-me ainda mais.

Mantenho-me calada. 

Só a minha mente fala.

E fala muito.

Chego a estar cansada de ouvi-la.

Mando-a calar.

 

E quebro o silêncio.

 

E porque tenho que me rejeitar tantas vezes?

Porque são os outros os donos da razão e não eu?

Porque não sou eu?

Porque sou a pior pessoa do mundo?

Como pode isso acontecer?

 

Já vivi tempos estranhos, mas levantei-me. Só que desta vez está a ser muito cruel para mim. 

 

Será o silêncio o meu melhor amigo ou será um inimigo?

 

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